O termo é introduzido por Schelling, na “Introdução à filosofia da mitologia”, para designar, por oposição à concepção alegórica do mito (v. alegoria), uma concepção na qual os fenômenos essenciais do elemento mítico são compreendidos por eles mesmos, e não mais reportados, sobre o modo da alegoria, a outras conduções mais fundamentais. Cassirer afirma: «À interpretação alegórica do mundo mítico (Schelling) substitui a interpretação “tautegórica”, quer dizer uma interpretação que toma as figuras míticas por produções autônomas do espírito que devem ser compreendidas por elas mesmas a partir do princípio específico que lhes deu sentido e forma» (Filosofia das Formas Simbólicas II, p. 18). [NP]