supra sensível

(in. Supersensible; fr. Suprasensible; al. Übersinnlich; it. Soprasensibilé).

Na terminologia kantiana (que pôs esse termo em uso), o mesmo que númeno: “Aquilo que diz respeito à faculdade especulativa da razão, mas de que nenhum conhecimento é possível (noumenorum non datur scientià)” (Fortschrifte der Metaphysik, 1804, [A 55]). Portanto, o supra-sensível é o domínio das ideias da Razão Pura, com tudo o que elas implicam para a vida moral do homem. Hegel empregou esse termo em sentido análogo, mas positivo, para indicar aquilo que a aparência sensível é em sua natureza racional: “O supra-sensível é o sensível e o percebido postos como são em verdade”, portanto como “o universal simples, o universal em que a multiplicidade não subsiste, em que nada há para conhecer”: em suma, o universal do modo como Schelling o entendeu (Phänomen. des Geistes, I, IV, B; trad. it., p. 127 e nota). [Abbagnano]