consciência social de um indivíduo. — O superego formar-se-ia, segundo Freud, por uma interiorização da autoridade paterna na consciência; sendo o pai o que pune os atos maus, na ausência do pai o indivíduo punir-se-ia a si próprio (remorsos, sentimento de culpa, dever imposto a si mesmo). Essa autoridade fictícia identifica-se finalmente com as exigências sociais: o superego opõe-se em nós as tendências instintivas (ao que Freud denomina “id”) e essa oposição constitui um estado de equilíbrio que define o “ego” ou a personalidade psicológica. — O superego está na origem da “censura”, que suscita, ela própria, a “repressão” dos desejos instintivos no inconsciente e, através disso, a angústia e o que se denomina “complexos”. (V. psicanálise. ) (Larousse)
O Super-Eu, que ele (Freud) também designa como o Ideal-Eu ou o Eu-Ideal, determina a nossa autodescrição como Eu, ao considerarmos certos modos de comportamento e disposições como aceitável ou mesmo como proibidos. Ele fixa o que deixamos passar como [uma] boa razão que permite ao Eu deixar uma disposição regrada por sentimentos aparecer como justificada para outros. Reconhecer que nos sentimos de determinada maneira em situações recorrentes por causa de certas experiências no passado (não apenas na infância) nos parece difícil porque, desse modo, abdicamos do controle consciente pelo qual o Eu, enquanto administrador de boas razões, é responsável. O sentir-se de algum modo aparentemente nos toma de assalto, sendo tarefa do autoconhecimento praticar como não se tornar, por assim dizer, vítima dos próprios sentimentos. (MGCérebro)