stasis

stásis

Derivado do verbo hístemi / histemi: ponho, coloco. Esse termo indica imobilidade, permanência, continuidade. Opõe-se a kínesis / kinesis, movimento.

Metafisicamente, stásis / stasis marca a permanência daquilo que é eterno, ao contrário da mudança própria àquilo que é temporal. Contudo, não é o único termo que os filósofos opõem a kínesis / kinesis. Encontram-se:

– Entre os pitagóricos: tò eremoûn / to eremoun (Aristóteles, Met., A, 5).

– Em Parmênides: xynekhés / xynekhes (arcaico) e akíneton / akineton (fi.VIII, 25, 26).

– Em Aristóteles: akíneton / akineton (Fís., V, 1-2) synekhés / synekhes (Fís., VI, 1) e eremía / eremia (Fís., VIII, 3, 8) (eremia – do verbo eremó / eremo, estou tranquilo; encontra-se essa palavra também em PlatãoSofista, 248e).

No Sofista (248d-252a; 254b-255b), Platão faz do repouso e do movimento duas essências genéricas que, opondo-se uma à outra, estabelecem a existência de um não-ser por alteridade. O repouso (primeiramente akíneton e depois stásis) é apresentado aí como o caráter dos seres sem mudança. Plotino (VI, III, 27) propõe qualificar diferentemente os seres sem mudança: dar o nome de stásis aos seres inteligíveis e de eremía aos seres sensíveis. Em outro lugar (III,VII, 2), ele atribui o repouso à eternidade (aión / aion) e o movimento ao tempo (khrónos / kronos). [Gobry]