(lat. synkretismus; in. Syncretism; fr. Symcrétisme; al. Synkretismus; it. Sincretismó).
Termo introduzido na terminologia filosófica por Brucker para indicar uma “conciliação mal feita de doutrinas filosóficas completamente diferentes” (Historia critica philosophiae, 1744, IV, p. 750). Desde então, designa-se frequentemente com essa palavra qualquer conciliação que se considere mal feita ou mesmo os pontos de vista que auspiciem uma conciliação indesejável. Esse termo também foi empregado na história das religiões, para indicar os fenômenos de sobreposição e fusão de crenças de origens diversas. Neste caso o termo também é usado com disposição polêmica, para designar sínteses mal feitas, não tendo, portanto, significado preciso.
Mais arbitrário ainda é o significado com que é empregado por alguns escritores franceses, para indicar a visão geral e confusa de uma situação qualquer (cf. RENAN, L’avenir de la science, p. 301). [Abbagnano]
Significa a reunião infundada de ideias díspares, incompatíveis entre si, embora pareçam que não, mas fundamentalmente incompatíveis para formar uma totalidade doutrinária ou uma teoria.
Emprega-se para nomear um conjunto de ideias provenientes de vários escritores, formando uma totalidade confusa. Vide ecletismo e síncrise (em Crise). [MFSDIC]