O ser incriado, Deus, é absolutamente simples. O que é dizer que nele não há sujeito que receberia a existência. O esse é subsistente por si e idêntico à essência. Por outro lado, este esse é infinito, não sendo limitado por nada. Além do mais, ele é necessário, o ser de Deus não possuindo nenhuma possibilidade de não ser. Ele é aquele que Tomás de Aquino gosta de denominar o ipsum esse subsistens.
Partindo da afirmação de que a essência de Deus é a de existir, alguns pretenderam que em Deus não havia essência: uma tal proposição é exata se se entende dizer com isto que sua existência não se encontra determinada por nenhum princípio formal, mas é falsa se se pretende negar que o ser de Deus não possui de maneira alguma uma natureza ou que ele seria um infinito indeterminado. [Gardeil]