(in. Sentimentalism; fr. Sentimentalisme; al. Sentimentallität; it. Sentimentalità ou Sentimentalismo).
Consiste em entregar-se às emoções próprias ou alheias, em exaltar-se com elas desproporcionalmente à força, aos limites e à função dessas emoções. Kant viu no sentimentalismo a fraqueza de deixar-se dominar, até contra a vontade, pela participação no estado emocional de outrem. Por isso, opôs à sentimentalidade o autodomínio, que possibilita a sutileza de sentimentos graças à qual as emoções alheias não são julgadas segundo a força de quem julga, mas segundo a fraqueza de quem sente. Diante do autodomínio, é ridículo e pueril deixar-se dominar pela emoção alheia, compartilhando-a indiscriminadamente (Antr., I, § 62). Na realidade, porém, existe sentimentalismo mesmo quando alguém se entrega às suas próprias emoções ou à sua manifestação externa, ilu-dindo-se quanto à sua força e consistência, e aumentando sua importância. [Abbagnano]