(gr. kindyvos; in. Risk; fr. Risque; al. Wagniss, Gefahr; it. Rischió).
Em geral, o aspecto negativo da possibilidade, o poder não ser. Essa noção é frequente nas filosofias que reconhecem o possível, tais como nas de Platão e dos existencialistas contemporâneos. Aristóteles considerava o risco como “o aproximar-se daquilo que é terrível” (Ret., II, 5, 1382 a 33). Para Platão, o risco era belo e inerente à aceitação de certas hipóteses ou crenças (Fed., 114 d). No existencialismo, o risco é considerado inerente à escolha que o eu faz de si mesmo e a toda decisão existencial (cf. Jaspers, Phil., II, pp. 180, 403, etc). A aceitação do risco implícito nessa escolha é um dos pontos fundamentais do existencialismo contemporâneo: “A pretensão implícita na decisão baseia-se numa indeterminação efetiva, ou seja, na possibilidade de que as coisas se passem de maneira diferente daquilo que eu decido; mas também se baseia no fato de eu, que decido, assumir esse risco, bem como na consideração de todas as possíveis garantias que eu possa obter (Abbagnano, Introduzione all’esistenzialismo, 4a ed., 1957, I, 3). [Abbagnano]