(in. Copernican revolution; fr. Révolution copernicienne; al. Kopernikanische Revolution; it. Rivoluzione copernicand).
Costuma-se dar esse nome à mudança de perspectiva realizada por Kant, que, em vez de supor que as estruturas mentais do homem têm a natureza como modelo, supôs que a ordem da natureza tem as estruturas mentais como modelo. A referência a Copérnico foi feita pelo próprio Kant, no Prefácio à segunda edição (1787) da Crítica da Razão Pura. Dewey observou, a propósito, que a revolução de Kant foi mais uma revolução ptolomaica, porque fez do conhecimento humano a medida da realidade. A revolução coperniciana deveria consistir em reconhecer que o objetivo da filosofia não é ser ou descrever a totalidade do real, porém, mais modestamente, buscar os valores que podem ser assegurados e divididos por todos, porque vinculados aos fundamentos da vida social (The Quest for Certainty, 1930, p. 295). [Abbagnano]