Hans Reichenbach opõe-se às consequências imediatas do neopositisvismo de Carnap. Segundo ele, Carnap e os demais neopositivistas enganam-se quando pretendem buscar uma certeza absoluta, visto como a só coisa que há é a probabilidade; mas, se se aceita como base a probabilidade, é mister modificar a teoria da verificabilidade. Reichenbach distingue primeiramente a verificabilidade técnica (que é possível no estado atual da técnica), a verificabilidade física (que não contradiz as leis da natureza), a verificabilidade lógica (não contraditória) e enfim a verificabilidade supra-empírica. Qual destas verificabilidades se deva escolher para definir o sentido, é questão de pura convenção; o próprio Reichenbach parece considerar como o mais útil à ciência um caminho médio entre a verificabilidade física e a lógica. Sendo assim, define êle o sentido da seguinte maneira: uma proposição possui sentido, quando pode determinar-se o grau de sua probabilidade (verificar-se sua probabilidade). Mostra êle ainda que com esta suposição, a hipótese realista (existem coisas e não somente sensações) não só é prenhe de sentido, senão que é outrossim muito mais provável e mais útil do que a hipótese do neopositivismo clássico.
As teorias de Reichenbach, que representam a mais notável elaboração do movimento neopositivista, não foram aceitas pela maioria dos membros da escola, os quais por seu turno foram violentamente atacados pelo autor. Reichenbach aplicou sua doutrina de maneira muito interessante a diferentes domínios da filosofia. [Bochenski]