realismos

Há diversas doutrinas realistas: realismo platônico, idealrealismo e realidealismo, que tem surgido como sinônimos. Essas concepções se caracterizam por admitir que há realidade dos ideais, e que a realidade pode ser reduzida aos ideais. Seria propriamente a posição ideal-realista. Um aspecto, que corresponderia ao realidealismo, seria a posição: há uma realidade: a das formas, cujo nexo entre si é o da idealidade, e há coisas reais, que as ostentam, cujo nexo é o da realidade. A realidade final é o conjunto que o espírito distingue e separa abstratamente, esquecendo de recolher à concreção de que faz parte. Os nexos de idealidade e de realidade constituem a verdade do real. Se as duas primeiras concepções: a platônica e a ideal-realista são ainda classificadas como idealistas, a real-idealista, é já genuinamente realista.

Realismo crítico de Kant – É o realismo empírico e realismo formal.

Realismo transcendental – Empregado por Hartmann para indicar que a representação é inseparável da ideia de uma causa independente, da vontade do sujeito. Vide presentacionismo.

Realismo ingênuo ou vulgar – acredita na realidade pura e simples do mundo exterior, conforme é captado por um sujeito que sente diretamente as coisas.

Realismo transfigurado – É o de Spencer, que afirma que, além da realidade por nós conhecida, há um incognoscível real e que a imagem que temos deste mundo não tem nenhuma semelhança com o que corresponde a esse incognoscível. Para ele o abismo está traçado entre nós e esse incognoscível. E se há captação desta realidade, e não há nenhuma semelhança entre esta e a do incognoscível, se esta é real, aquela é o inverso desta, é irreal, ou de uma realidade que nada tendo de ver com a que temos aqui, nem ente poderia ser, pois se é ser, de alguma modo se assemelharia com esta nossa realidade. E neste caso não seria tão incognoscível assim…

Realismo metódico – É o defendido por Gilson com as seguintes teses: 1) Não é admissível o problema crítico (vide Crítica), porque implicaria duvidar de tudo e duvidar de tudo não liberta da dúvida; do contrário terá de iniciar pelas ideias e quem inicia pelas ideias terminará idealista; 2) Há objetividade nas nossas certezas e veracidade na mente.