João Botero, que introduziu essa expressão como título de um livro seu (Della ragion di stato, 1589), usou-a para designar “a resenha dos meios aptos a fundar, conservar e ampliar um Estado”, que é “o domínio firme sobre os povos”. Mas na realidade essa expressão passou a indicar o princípio do maquiavelismo vulgar, e isso graças ao próprio Botero, que, mesmo se opondo a Maquiavel, admitia o princípio de que os fins justificam os meios em política (v. maquiavelismo). [Abbagnano]