protocolo

(in. Protocol; fr. Protocol; al. Protokoll; it. Protocolo).

Termo introduzido pelo Círculo de Viena para indicar o registro do dado imediato ou experiência direta (sensação, percepção, emoção, pensamento, etc). As “proposições protocolares” são as que contêm unicamente protocolo e por isso fazem referência direta aos dados imediatos; por serem instrumento da verificação empírica, não precisam de verificação porque sua verdade é garantida pelo protocolo que contêm, graças ao qual correspondem imediatamente ao dado empírico (cf. R. Carnap, em Erkenntnis, II, 1931, pp. 437 ss.). A noção de protocolo está ligada à fase do neopositivismo que, para declarar significativa uma proposição, exigia a verificação direta da proposição mediante protocolos. Mas mesmo Carnap, a partir da obra Testability and Meaning (1936), limitava essa exigência afirmando que, para serem significativos, os enunciados devem ser confirmáveis, ou seja, devem conter apenas “predicadoscoisa observáveis”. Estes predicadoscoisa não são mais protocolo, isto é, dados da experiência imediata, mas nomes de qualidades elementares (p. ex., “vermelho”). Para uma crítica do conceito de protocolo, no âmbito do positivismo lógico, cf. K. Popper, Logik der Forschung, 1934, trad. in., 1958 (v. experiência). [Abbagnano]