O princípio de razão suficiente, como princípio ontológico, declara que todo ente, com maior exatidão, todo objeto tem uma razão de ser; como princípio lógico, indica que todo juízo (toda proposição) se deve manifestar como válido perante a mente por meio de uma razão lógica; uma proposição não fundamentada poderia com igual direito (ou sem motivo) ser negada ou afirmada. Na medida em que o princípio lógico de razão suficiente se refere a juízos certos, é sinônimo de exigência de evidência. Portanto, em última instância, ele radica na vinculação de nosso pensamento com o ser; por certo, a razão próxima de uma proposição deve frequentemente procurar-se noutras proposições (assim, p. ex., em toda proposição fundamentada mediante demonstração), mas a razão última é sempre o ser do próprio objeto que se manifesta. Por isso, a exigência de fundamentar toda proposição não equivale à pretensão impossível de demonstrar toda proposição, nem conduz a um processo indefinido (regressus in infinitum). — O princípio ontológico de razão suficiente declara que todo objeto tem uma razão de ser, uma razão ontológica. Em sua aplicação a objetos existentes por necessidade essencial, isto é, “em virtude de suas essências”, ele é dado com o princípio de contradição (princípio de contradição); na medida em que, além disso, inclui um novo enunciado de decisiva importância, é sinônimo de uma causa para todo objeto contingente, para todo ente contingente. O princípio de causalidade (princípio de causalidade), no sentido usual, é um caso particular deste princípio geral de causalidade, quando determina mais exatamente a causa como causa “eficiente”. Por isso a fundamentação da validade do princípio ontológico de razão suficiente, na medida em que ele se refere não só ao ser necessário, mas também ao ser contingente, é a mesma que a do princípio de causalidade (princípio de causalidade), com a só reserva de se suprimir o último passo que fundamenta precisamente a necessidade de uma causa “eficiente”. — Em vista da conexão íntima do princípio de razão suficiente com o de causalidade, compreende-se que nem Aristóteles nem os escolásticos medievais o tenham formulado como tal; foi Leibniz quem primeiro lhe deu expressão própria. — De Vries. [Brugger]