paroimia

gr. paroimia: “provérbio”, “ditado sábio”, “dito obscuro”, “enigma”.

O subs. paroimia ocorre desde Esquilo, Ag. 264; cf. Sófocles, Aj. 664; Platão, Rep. 1, 329). Etimologicamente deriva de para, “ao longo de”, e oime, “caminho”, “senda”, “enredo de uma história ou canção”, “saga”, “cântico”. A paroimia “declara uma verdade experiencial da sabedoria popular em forma breve e objetiva” (F. Hauck, TDNT V 854). Como tal, expressa verdades gerais e permanentes. Sua forma popular e tradicional a distingue do aforismo e da máxima (gnome; Conhecimento, art. ginosko). Em Aristóteles, Rhet. 2, 21, 1395, 17, a linha divisória é fluida. A falta de arcabouço a distingue do apotgema (um ditado colocado num contexto específico). Aristóteles a contava juntamente com a metáfora por causa da sua linguagem figurada vivida (Rhet. 2,11,1413,14). Outros, por causa das referências frequentes aos animais e às plantas, a classificam com a fábula (Quintiliano, Institutio Oratoria, 5,11,21). Aristóteles, Clearco, Zenóbio e Diogeniano fizeram coletâneas de provérbios. [DITNT]