pais e filhos

Em Atenas, podemos ver o ponto de viragem na legislação de Sólon. Corretamente, Coulanges vê na lei ateniense que tornou dever filial sustentar os pais a prova da perda do poder paterno (A cidade antiga, Anchor, 1956, p. 315-316). Contudo, o poder paterno só era limitado quando entrava em conflito com os interesses da cidade, e nunca em benefício do membro da família como indivíduo. Assim, a prática de vender crianças e enjeitar filhos pequenos foi exercida durante toda a Antiguidade (cf. R. H. Barrow, Slavery in the Roman Empire [1928], p. 8: “Outros direitos da patria potestas se haviam tornado obsoletos; mas o direito de enjeitar só foi proibido no ano 374 de nossa era”). [ArendtCH, 5, Nota]