(gr. deiktikos; lat. ostensivus; in. Ostensive; fr. Ostensif; al. Ostensiv; it. Ostensivo).
Qualificam-se assim as provas diretas, que provam positivamente a verdade de uma tese, distinguindo-se das provas indiretas, que tendem a provar uma tese negativamente, com a demonstração da falsidade do seu contrário. As provas indiretas são chamadas apagógicas (v. abdução; redução). A distinção acha-se em Aristóteles (An.pr, I, 23, 40 b 27) e é reproduzida por Leibniz (Nouv. ess., IV, 8, 2). Segundo Kant, o uso das provas apagógicas deveria ser abolido em filosofia, enquanto é legítimo nas ciências experimentais (Crít. R. Pura, Doutrina transc., do método, cap. 1, sec. 4). [Abbagnano]
Que consiste em mostrar. — Esse termo, empregado por Kant e Fichte, retomado por toda a filosofia reflexiva, caracteriza um conhecimento que é ao mesmo tempo uma consciência de si. Por exemplo, a “analítica transcendental” de Kant deduz de uma maneira ostensiva os princípios da ciência, apresentando-os como um “parto espontâneo do entendimento”; o espírito tem consciência de sua atividade no conhecimento desses princípios. Em matemática, um raciocínio ostensivo é o que conduz ao resultado com a consciência clara de todos os intermediários que o tornam possível. Uma prova ostensiva contrapõe-se a uma prova simplesmente lógica, formal, dita prova apagógica: a prova apagógica pode demonstrar, não pode persuadir; a prova ostensiva demonstra e persuade. [Larousse]