(in. Orientation; fr. Orientation; al. Orientierung; it. Orientamentó).
Este termo foi introduzido na filosofia por Kant, que com ele designou o problema de como deve a razão comportar-se fora dos limites, bastante restritos, do conhecimento empírico, ou seja, do conhecimento concreto: “Orientar-se no pensamento em geral significa determinar-se no domínio do verossímil, segundo um princípio subjetivo da razão, em vista da insuficiência de princípios objetivos da razão” (Was Heisst. sich im Denken Orientierem?, 1786, A, 310). Kant excluía a possibilidade de que o homem pudesse orientar-se com base na fé ou num suposto saber intuitivo. Esse termo foi empregado novamente por Jaspers, que deu o título de “orientação filosófica no mundo” ao primeiro volume da sua Philosophie (1932). Segundo Jaspers, a orientação no mundo realiza-se quando o homem se considera elemento ou coisa do mundo, entre inúmeros elementos ou coisas, e procura achar deste modo sua própria vida. No entanto, redunda na ruptura do mundo numa multiplicidade de perspectivas cósmicas (PM., I, pp. 69 ss.). Além desses significados especiais, esse termo é muito empregado na linguagem comum e filosófica contemporânea, mas com significado bem pouco preciso. [Abbagnano]