(in. Operationism; fr. Opérationisme; al. Operationismus; it. Operazionismó).
Doutrina segundo a qual o significado de um conceito científico consiste unicamente em determinado conjunto de operações. O primeiro a propor essa doutrina foi P. W. Bridgman, que assim a ilustrou, com um exemplo que ficou clássico: “Conhecemos aquilo que chamamos de comprimento só se podemos dizer qual é o comprimento de qualquer objeto, e o físico não exige mais que isso. Para encontrar o comprimento de um objeto devemos executar certas operações físicas. Portanto, o conceito de comprimento é fixado quando são fixadas as operações com as quais o comprimento é medido, ou seja, o conceito de comprimento implica nada mais nada menos que o conjunto de operações com as quais o comprimento é determinado. Em geral, por um conceito não entendemos nada mais que conjunto de operações; o conceito é sinônimo do conjunto de operações correspondente. Se o conceito é físico, tal como o comprimento, as operações são operações físicas reais, como p. ex. aquelas com as quais o comprimento é medido; se o conceito é mental, como por ex. a continuidade matemática, as operações são mentais, e através delas determinamos se dado conjunto de grandezas é contínuo” (The Logic of Modern Physics, 1927, p. 5). Como se vê, as operações a que Bridgman se referia são as do significado 4 e 1, mas sua doutrina estendeu-se a qualquer espécie de operação e fora da física foi utilizada sobretudo pelos psicólogos (cf. S. S. Stevens, “Psychology and the Science of Science”, em Readings in Philosophy of Science, ed. P. P., Wiener, 1953, pp. 158-84). Com base nessa extensão da doutrina do operacionismo e, consequentemente, do conceito de operação, os únicos caracteres atribuíveis ao tipo de operação que pode valer como significado dos conceitos científicos são os de publicidade e repetibilidade: o primeiro exclui o caráter pessoal de certas atividades puramente mentais; o segundo prescreve a intersubjetividade das operações. Hoje, porém, duvida-se de que o critério operacionista possa valer para todos os conceitos científicos (cf., p. ex., G. Bergmann, Philosophy of Science, 1957, pp. 56 ss.). (Abbagnano)