obsessão

ideia fixa que se impõe ao espírito independentemente da vontade. — Os teólogos são levados a representar a obsessão como uma ação do Demônio, que atormenta o indivíduo através de contínuas sugestões (a obsessão diferencia-se, entretanto, da “possereal pelo Demônio, que conduz ao delírio e à loucura). O caráter constrangedor e angustiante da obsessão, a sensação de absurdo que resulta da desproporção entre a ideia e o interesse que nela temos constituem precisamente a obsessão. Diferenciam-se três tipos de obsessão muito comuns: 1.° a obsessão ideativa, que se focaliza numa ideia moral (escrúpulo, ideia de culpabilidade, impressão de ter agido mal), numa ideia metafísica (Deus, a ideia permanente da morte), ou numa ideia qualquer, como os números (a representação permanente dos números denomina-se “aritmomania”); 2.° a obsessão fóbica (do gr. phobos, temor), como o medo de enrubescer em público, o medo do ridículo, o medo dos alfinetes, dos punhais etc; 3.° a obsessão-compulsão, em que o indivíduo tem medo de realizar um ato para o qual se sente psicologicamente compelido (é o caso da jovem mãe que tem continuamente medo de matar o filho, precisamente porque a isso sente-se compelida). (V. neurose obsessional.) [Larousse]