A língua grega não faz distinção entre «obras» e «feitos», mas chama-os de erga (v. ergon) quando são suficientemente duráveis e grandiosos para ser lembrados. Foi somente quando os filósofos, ou melhor, os sofistas, começaram a fazer suas «distinções intermináveis» e a estabelecer diferenças entre fazer e agir (poiein e prattein) que os substantivos poiemata e pragmata passaram a ser usados mais correntemente (veja-se Platão, Charmides 163). Homero ainda não conhece a palavra pragmata que, em Platão (ta ton anthropon pragmata) pode ser melhor traduzida como «negócios humanos» e tem a conotação de inquietação e futilidade. Em Heródoto, pragmata talvez tenha a mesma conotação (cf., por exemplo, i.155). [ArendtCH]