Faculdade que tem a inteligência (nous), conduzida ao coração (kardia) pela oração (euche), de sentir Deus nela.
Ysabel de Andia
Ysabel de Andia, Mystiques d’Orient et d’Occident
Comentando as três qualidades que caracterizam Antonius – Santo Antão, “igualdade d’alma”, “hegemonia da razão” e “ser segundo a natureza”, Andia cita G. Couilleau. Este sugere interpretar a oposição “natureza-cultura” ou “natureza-lei”, segundo a triple oposição: “natureza” (physis), ensinamento (mathesis), exercício (askesis), que se tornou lugar comum na Grécia clássica. Em outro artigo de G. Garitte, Andia apresenta como este último autor demonstra o parentesco dos conceitos de “Natureza – natureza” e de “essência intelectual” (ousia noera) nas Antonius – Cartas de Santo Antão: “Estamos fora da natureza de nossa essência intelectual (ousia noera). Eis porque, por tudo que está fora da natureza, adquirimos uma natureza tenebrosa, buscamos nosso ganho que é natural a nossa essência. Pois todo homem que busca Deus ou que o serve, o busca em virtude da natureza de sua essência. Quanto ao pecado (hamartia) somos culpados, é estranho e fora da natureza de nossa essência.”
noera aisthesis — sentido (percepção) da inteligência
Versão Francesa
Faculdade que tem a inteligência (nous), conduzida ao coração (kardia) pela oração (euche), de sentir Deus nela.
Ysabel de Andia
Ysabel de Andia, Mystiques d’Orient et d’Occident
Comentando as três qualidades que caracterizam Santo Antão, “igualdade d’alma”, “hegemonia da razão” e “ser segundo a natureza”, Andia cita G. Couilleau. Este sugere interpretar a oposição “natureza-cultura” ou “natureza-lei”, segundo a triple oposição: “natureza” (physis), ensinamento (mathesis), exercício (askesis), que se tornou lugar comum na Grécia clássica. Em outro artigo de G. Garitte, Andia apresenta como este último autor demonstra o parentesco dos conceitos de “natureza” e de “essência intelectual” (ousia noera) nas Cartas de Santo Antão: “Estamos fora da natureza de nossa essência intelectual (ousia noera). Eis porque, por tudo que está fora da natureza, adquirimos uma natureza tenebrosa, buscamos nosso ganho que é natural a nossa essência. Pois todo homem que busca Deus ou que o serve, o busca em virtude da natureza de sua essência. Quanto ao pecado (hamartia) somos culpados, é estranho e fora da natureza de nossa essência.”