(al. Noema).
Na terminologia de Husserl, o aspecto objetivo da vivência, ou seja, o objeto considerado pela reflexão em seus diversos modos de ser dado (p. ex., o percebido, o recordado, o imaginado). O noema é distinto do próprio objeto, que é a coisa; p. ex., o objeto da percepção da árvore é a árvore, mas o noema dessa percepção é o complexo dos predicados e dos modos de ser dados pela experiência: p. ex., árvore verde, iluminada, não iluminada, percebida, lembrada, etc. (Ideen, I, § 88). O adjetivo correspondente é noemático. [Abbagnano]
(do gr. noema, concepção), objeto do pensamento, conteúdo da ideia oposto à “noese” (termo empregado principalmente na fenomenologia de Husserl). — Por extensão, qualquer dado da intuição, qualquer conteúdo de uma proposição. — Fala-se de “conteúdo noemático” para designar um conteúdo de pensamento. A análise fenomenológica dos atos do espírito completa a análise noemática dos objetos, que conhecemos pela análise “noética” da forma de nosso conhecimento. (v. noûs) [Larousse]