MOLINA (Luís), jesuíta espanhol (Cuenca 1535 — Madri 1601). Ingressando entre os jesuítas em Alcalá (1553), lecionou em seguida em Coimbra, depois em Évora. Retirando-se para Cuenca em 1587, publicou seus cursos de teologia, onde se esforça por conciliar a liberdade humana com a presciência de Deus e a necessidade da graça. Sem negar o caráter sobrenatural da graça e a onipotência divina, Molina insiste no esforço humano, de que temos interiormente consciência. Desde o seu aparecimento (1588), esse sistema teve defensores (os molinistas: na maior parte, teólogos da Companhia de Jesus) e adversários (os dominicanos espanhóis, os jansenistas) apaixonados. As “congregações” organizadas sobre esse tema pelos papas Clemente VIII e Paulo V, com o objetivo de analisar e julgar o molinismo, chegaram à conclusão de que não havia nele motivos suficientes para exigirem um julgamento. [Larousse]