(lat. Modernus; in. Modern; fr. Moderne, al. Modern; it. Moderno).
Este adjetivo, que foi introduzido pelo latim pós-clássico e significa literalmente “atual” (de modo = agora), foi empregado pela escolástica a partir do séc. XIII para indicar a nova lógica terminista, designada como via moderna em comparação com a via antiqua da lógica aristotélica. Esse termo também designou o nominalismo, que está intimamente ligado à lógica terminista. Walter Burleigh diz: “Embora o universal não tenha existência fora da alma, como dizem os modernos, etc.” (Expositio superartem veterem, Venetiis, 1485, f. 59 r; Prantl, Geschichte der Logik, III, pp. 255, 299, etc).
No sentido histórico em que essa palavra é hoje empregada habitualmente, em que se fala de “filosofia moderna” neste dicionário, indica o período da história ocidental que começa depois do Renascimento, a partir do séc. XVII. Do período moderno costuma-se distinguir frequentemente o “contemporâneo”, que compreende os últimos decênios. [Abbagnano]
A única coisa de que podemos estar seguros é de que a coincidência da inversão de posições entre o fazer e o contemplar, com a inversão precedente entre a vida e o mundo, veio a ser o ponto de partida para todo o desenvolvimento moderno. Foi só quando perdeu o seu ponto de referência na vita contemplativa que a vita activa pôde tornar-se vida ativa no sentido pleno do termo; e foi somente porque essa vida ativa se manteve ligada à vida como seu único ponto de referência que a vida como tal, o trabalhoso metabolismo do homem com a natureza, tornou-se ativa e exibiu toda a sua fertilidade. [ArendtCH:C44]