(fr. Mobilisme).
A palavra é moderna (cf. Chide, Le mobilisme moderne, 1908); é pouco usada em italiano e em francês, mas serve para exprimir a atitude filosófica daqueles que Platão chamava de “fluentes” (Teet., 181 a), para quem tudo muda e nada está parado: como faziam na Antiguidade os seguidores de Heráclito e como fazem, na filosofia moderna, os filósofos do devir. [Abbagnano]
É a doutrina que afirma que o fundo das coisas é individual (formado de individualidades) e portanto múltiplo, mas que se move incessantemente e está em transformação contínua, sem obediência a leis fixas, o que não permite, de nenhum modo, a racionalização última das coisas através dos nossos esquemas racionais. Nome dado por Chide. Para alguns, representa essa concepção aparentada com a de Heráclito, o remate final da filosofia moderna. Tanto Platão como Aristóteles já haviam demonstrado o simplismo de concepções como tais, cujas aporias são numerosas e não representam um progresso para a filosofia mas, ao contrário, um retrocesso, ao mesmo tempo que revelam certa aderência de esquemas infantis. Na aporética examinamos o valor das doutrinas pelo grau das aporias que são resolvidas e das novas que elas instauram. Vide aporética. [MFSDIC]