emprego generalizado de máquinas. — O maquinismo, substituindo a mão-de-obra humana pela máquina, organizando uma divisão do trabalho e mesmo uma normalização dos gestos dos operários, provocou um considerável aumento do rendimento. Mas coloca, de início, um problema social e pedagógico: o da incessante reconversão dos trabalhadores a novos trabalhos e a novas máquinas quando de cada progresso técnico.
O problema só pode ser resolvido através de uma educação apropriada e suficientemente geral, única suscetível de permitir-lhes “reconverterem-se” incessantemente. Coloca, além disso, um problema psicológico de adaptação ao meio da fábrica, tratado por Friedmann em Onde vai o trabalho humano? e em Problemas humanos do maquinismo industrial. O caráter anônimo e por vezes deprimente do trabalho mecânico, o ruído que o envolve, a rapidez de execução requerida constituem um universo do qual o homem deve absolutamente sair pelo Jazer: os desenvolvimentos do maquinismo tornam, atualmente, os lazeres necessários (esportes, teatro, cinema, televisão etc.) e transformam profundamente o equilíbrio psicológico do homem moderno, que se realiza não mais em seu trabalho, mas fora dele, em ocupações de lazer. (V. automação; divisão do trabalho; lazer.) [Larousse]