Lyotard, Jean-François (1924-1998) Na época da informática e da telemática em que se desintegram os grandes blocos do saber (literário e científico), o filósofo francês Lyotard se interroga sobre a ausência de crenças do mundo contemporâneo, que ele denomina “pós-moderno”: “Nas sociedades pós-modernas, o que falta é a legitimação do verdadeiro e do justo.” Após estudar as relações da arte com o inconsciente (Discours-figure, 1969), publica um Livro bastante polêmico, L’économie libidinale (1975), no qual vincula a economia política ao desejo, a teoria ao gozo e a arte às intensividades afetivas. Em La condition postmoderne e em Au juste (ambos de 1979), analisa a explosão da informática, da cibernética e dos bancos de dados. Convencido de que a aquisição e a exploração de nossos conhecimentos se modificaram em profundidade, declara que, depois da revolução industrial e depois da circulação das imagens e dos sons, é a aceleração vertiginosa dos saberes que modifica nossa atual vida cotidiana. Seus livros mais recentes são: L’assassinat de l’expérience par la peinture (1984), Le différend (1984). [DBF]
Escreveu um livreto sintetizando a fenomenologia, de onde retiramos algumas entradas; traduzido em português: A Fenomenologia, trad. Mary Amazonas Leite de Barros.