tempo-espaço

Zeit-Raum. VIDE: Zeitigung, Anwesenheit, Spielraum, Räumung, Einräumung, einräumend, zeiträumlich, Beständigkeit, Entrückung, Gegenwart, Raumgebens

Se algum dia uma história nos for ainda uma vez comunicada, a exposição criadora ao ente a partir do pertencimento ao ser, então é indispensável a determinação: preparar o TEMPO-ESPAÇO da última decisão – se e como nós experimentamos e fundamos esse pertencimento. GA65MAC: 5

Fundação própria desse TEMPO-ESPAÇO significa: ser-aí. GA65MAC: 5

Em seu nome reúne-se a determinação do homem, na medida em que ele é concebido a partir de seu fundamento, isto é, a partir do ser-aí, o qual se encontra apropriado em meio ao acontecimento e imerso na viragem para o acontecimento apropriador enquanto para a essência do seer e só pode se tornar insistente por força de sua origem como fundação do TEMPO-ESPAÇO (“temporialidade”), a fim de transformar a indigência do abandono do ser na necessidade da criação como a restituição do ente. GA65MAC: 5

E repensar plenamente essa distância mesma em sua essenciação como o TEMPO-ESPAÇO da suprema decisão significa questionar acerca da verdade do seer, acerca do próprio acontecimento apropriador, do qual toda história futura provém, se é que ainda haverá história. GA65MAC: 7

O a-bismo como o TEMPO-ESPAÇO. GA65MAC: 9

O TEMPO-ESPAÇO é o sítio instantâneo da contenda (seer ou não-ser). GA65MAC: 9

A estrutura fundamental desse acontecimento é o TEMPO-ESPAÇO que emerge dele. GA65MAC: 10

O TEMPO-ESPAÇO é o que desponta para as mensurações da abertura do fosso abissal do seer. GA65MAC: 10

O TEMPO-ESPAÇO é, enquanto junção da verdade, originariamente o sítio instantâneo do acontecimento apropriador. GA65MAC: 10

Quer dizer, no sentido da “questão do ser” que é a única a se mostrar como diretriz em Ser e tempo: o tempo como o TEMPO-ESPAÇO recolhe em si a essência da história; na medida, porém, em que o TEMPO-ESPAÇO é o abismo do fundamento, isto é, da verdade do ser, reside em sua interpretação da historicidade a referencialidade para a essência do próprio ser. GA65MAC: 12

A ipseidade do homem – do homem histórico tanto quanto do povo – é um âmbito de acontecimento, no qual ele só se mostra a-propriado, se ele mesmo alcança o TEMPO-ESPAÇO aberto, no qual pode acontecer uma apropriação. GA65MAC: 19

Só quem concebe o fato de que o homem precisa fundar historicamente a sua essência por meio da fundação do ser-aí, o fato de que a insistência da pendência do ser-aí não é outra coisa senão a moradia no TEMPO-ESPAÇO daquele acontecimento, que acontece apropriadoramente como a fuga dos deuses; só quem recolhe de maneira criadora a consternação e a animação do acontecimento apropriador na retenção como tonalidade afetiva fundamental, consegue pressentir a essência do ser e preparar em tal meditação a verdade para o futuro verdadeiro. GA65MAC: 19

2) Uma subestimação, na medida em que o pensamento é mensurado a partir da re-presentação habitual e em que a força nele que funda o TEMPO-ESPAÇO, o caráter de preparação, é desconhecido. GA65MAC: 24

A decisão precisa criar aquele TEMPO-ESPAÇO, o sítio para os instantes essenciais, no qual a seriedade suprema da meditação emerge em consonância com a maior alegria possível do envio para uma vontade de fundação e de construção, da qual também nenhuma confusão permanece distante. GA65MAC: 45

Onde, porém, a “verdade” há muito tempo não se mostra mais como questão e a tentativa de tal questão é rejeitada como perturbação e como um permanecer ao largo meditabundo, aí a indigência do abandono do ser não encontra de modo algum um TEMPO-ESPAÇO. GA65MAC: 60

E pensar até mesmo o TEMPO-ESPAÇO como algo completamente não quantitativo causa um efeito como uma estranha pretensão. GA65MAC: 70

Mas tempo e espaço são aqui, medidos pela representação habitual deles, de maneira mais originária e completamente o TEMPO-ESPAÇO, que não se mostra como nenhuma cópula, mas como o mais originário dessa copertinência. GA65MAC: 95

No fundo, mesmo aí onde, tal como na história da questão diretriz, a entidade é concebida a partir do noein, a verdade desse pensar não é o pensado enquanto tal, mas o TEMPO-ESPAÇO como essenciação da verdade, na qual todo re-presentar precisa se manter. GA65MAC: 100

O ser-aí é a coetaneidade do TEMPO-ESPAÇO com o verdadeiro enquanto o ente, ele se essencia como o fundamento fundante, como o “entre” e o “meio” do próprio ente. GA65MAC: 112

Mais originária, porém, do que essa questão precisa se tornar aquela questão acerca do TEMPO-ESPAÇO, isto é, a questão da verdade como questão inicial acerca da essência do verdadeiro. GA65MAC: 114

Acometimento e permanência de fora da chegada e da fuga dos deuses, o acontecimento apropriador, não tem como ser imposto de maneira pensante, mas, muito ao contrário, é preciso prontificar por meio do pensamento o aberto que, como TEMPO-ESPAÇO (sítios instantâneos), torna acessível e constante a abertura do fosso abissal do seer no ser-aí. GA65MAC: 120

Trata-se sempre das sendas da fundação criadora e sacrificial do ser-aí, em cujo TEMPO-ESPAÇO o ente é preservado como ente e, com isso, a verdade do seer é abrigada. GA65MAC: 120

O pensar, como pensar inicial, funda o TEMPO-ESPAÇO em sua estrutura de arrebatamento extasiante, de encantamento, assim como ele escala e atravessa a abertura do fosso abissal do seer na unicidade, liberdade, casualidade, necessidade, possibilidade e efetividade de sua essenciação. GA65MAC: 120

A fundação do TEMPO-ESPAÇO, porém, não projeta nenhuma tábua de categorias vazia, mas é em seu ponto mais íntimo enquanto pensar inicial histórica, isto é, determinada a partir da indigência da falta de indigência, ela se atém antecipativamente às necessidades dos abrigos essenciais da verdade e do saber diretriz em torno dela. GA65MAC: 120

Isso exige a retenção como tonalidade afetiva fundamental, que afina inteiramente aquela guarda no TEMPO-ESPAÇO para o passar ao largo do último deus. GA65MAC: 130

Aqui, a partir do ser-aí, é pensada a completa alteridade da ligação com o seer: ela é levada a termo; e isso acontece no TEMPO-ESPAÇO que emerge do arrebatamento extasiante e fascinante da própria verdade. GA65MAC: 139

O próprio TEMPO-ESPAÇO é uma região contenciosa querelante. GA65MAC: 139

O acontecimento apropriador e seu rejuntamento fugidio na abissalidade do TEMPO-ESPAÇO é a rede, na qual o último deus articula a si mesmo, a fim de dilacerá-la e de deixá-la findar-se em sua unicidade; e isto de maneira divina e rara e o que há de mais estranho em todo ente. GA65MAC: 142

Agora, contudo, temos libertação e abismo e a completa essenciação no TEMPO-ESPAÇO da verdade originária. GA65MAC: 144

Isso é correto e, contudo, incorreto; correto na medida em que se tem em vista e se visa previamente à constância e à presentidade inexpressa; e, porém, incorreto na medida em que justamente essa constância e essa presentidade não são elevadas ao nível do saber enquanto tais e concebidas como caracteres “temporais” de um tempo mais originário (do TEMPO-ESPAÇO); e, o que é ainda mais essencial, se transformando a partir daí pela primeira vez em questão. GA65MAC: 149

Se o quid e o fato-de-que não são inquiridos como determinações da entidade juntamente com essa entidade com vistas à sua verdade (TEMPO-ESPAÇO), então todas as discussões sobre essentia e existentia, tal como o atesta já o M. GA65MAC: 150

Aqui se realiza a mensuração mais extrema da temporalidade e, com isso, a referência do espaço da verdade do seer, a indicação do TEMPO-ESPAÇO. GA65MAC: 162

Logo que o “ser” não é mais o re-presentável (idea) e logo que, por conseguinte, ele não é mais pensado a partir do ente, para além dele e “cindido” dele (a partir da busca por apreendê-lo da maneira mais pura e sem misturas possível); logo que o seer é experimentado e pensado como o que acontece coetaneamente com o ente (em um sentido originário do TEMPO-ESPAÇO): como o seu fundamento (não causa e ratio), não há mais nenhum ensejo para mesmo que apenas ainda questionar uma vez mais sobre o seu próprio “seer”, a fim de posicioná-lo re-presentacionalmente ainda mais para além. GA65MAC: 166

A essência do fundamento originariamente a partir da essência da verdade, verdade e TEMPO-ESPAÇO (a-bismo). GA65MAC: 187

Essa abertura do fosso abissal que se decide sempre a cada vez entre abandono e re-aceno ou que se encobre na indecisão da aproximação e do distanciamento é a origem do TEMPO-ESPAÇO e o reino da contenda. GA65MAC: 190

O entre, que não se dá apenas a partir da ligação dos deuses com os homens, mas que se mostra como aquele entre, que funda pela primeira vez o TEMPO-ESPAÇO para a ligação, na medida em que ele mesmo emerge na essenciação do seer como acontecimento apropriador e torna decidível, como o centro que se abre, os deuses e os homens uns para os outros. GA65MAC: 191

O ser-aí como o TEMPO-ESPAÇO, não no sentido dos conceitos usuais de tempo e de espaço, mas como o sítio instantâneo para a fundação da verdade do seer. GA65MAC: 200

O TEMPO-ESPAÇO precisa ser desdobrado em sua essência como o sítio instantâneo do acontecimento apropriador. GA65MAC: 200

3) Essa mensuração essencial determina ela mesma o “lugar” (TEMPO-ESPAÇO) da abertura: o em-meio-a clareado do ente. GA65MAC: 206

Mas a essenciação da verdade originária só pode ser experimentada, se esse em-meio-a clareado que funda a si mesmo e determina o TEMPO-ESPAÇO for ressaltado naquilo de que e para o que ele é clareira, a saber, para o encobrir-se. GA65MAC: 207

Por isto, tudo aquilo que pertence à verdade também se essencia, o TEMPO-ESPAÇO e, por conseguinte, o “espaço” e o “tempo”. GA65MAC: 217

A indicação da essência, contudo, precisa saber que a clareira para o encobrimento precisa se desdobrar tanto com vistas ao TEMPO-ESPAÇO (abismo), quanto com vistas à contenda e ao abrigo. GA65MAC: 218

cf a elaboração isolada da questão acerca da verdade como questão prévia no alinhamento pelo TEMPO-ESPAÇO). GA65MAC: 220

Abismo: como TEMPO-ESPAÇO da contenda; a contenda como contenda entre terra e mundo, por conta da ligação da verdade com o ente! GA65MAC: 221

7) A verdade como fundamento do TEMPO-ESPAÇO, mas, por isso, ao mesmo tempo essencialmente determinável a partir desse TEMPO-ESPAÇO. GA65MAC: 227

8) O TEMPO-ESPAÇO como sítio instantâneo a partir da viragem do acontecimento apropriador. GA65MAC: 227

O para-além-de-si, se não é apenas uma elevação numérica, mas abertura e fundação, exige a abertura do TEMPO-ESPAÇO. GA65MAC: 234

O TEMPO-ESPAÇO como emergente da e pertencente à essência da verdade, como a estrutura extasiantemente arrebatadora e fascinante (junção fugidia) assim fundada do aí. ( GA65MAC: 238

O TEMPO-ESPAÇO e a “facticidade” do ser-aí (cf observações correntes a Ser e tempo I, capítulo 5!). GA65MAC: 238

Espaço e tempo, representados sempre e a cada vez por si e na ligação usual, emergem eles mesmos do TEMPO-ESPAÇO, que é mais originário do que eles mesmos e do que a sua ligação representada por meio do cálculo. GA65MAC: 239

O TEMPO-ESPAÇO, porém, pertence à verdade no sentido da re-essenciação do ser como acontecimento apropriador (A partir daqui é que se precisa conceber pela primeira vez por que a referência a Ser e tempo indica transitoriamente o caminho). GA65MAC: 239

Mas a questão é como e como o que o TEMPO-ESPAÇO pertence à verdade. GA65MAC: 239

O que a verdade mesma é não se deixa dizer anteriormente de maneira suficiente, mas precisamente na concepção do TEMPO-ESPAÇO. GA65MAC: 239

O TEMPO-ESPAÇO é a abertura de um fosso abissal apropriada em meio ao acontecimento das vias da viragem do acontecimento apropriador, da viragem entre o pertencimento e o clamor, entre o abandono do ser e o aceno (o estremecimento da oscilação do seer mesmo!). GA65MAC: 239

Proximidade e distância, vazio e doação, ímpeto e hesitação, tudo isso não deve ser concebido tempo-espacialmente a partir das representações usuais de tempo e espaço, mas, inversamente, nelas reside a essência velada do TEMPO-ESPAÇO. GA65MAC: 239

Mas tudo isso sem qualquer noção do TEMPO-ESPAÇO. GA65MAC: 239

Qual é, porém, o caminho para uma meditação primeira pro-visória e com efeito transitória sobre o TEMPO-ESPAÇO? GA65MAC: 239

Essa retenção e a experiência fundamental do aí e, assim, do TEMPO-ESPAÇO. GA65MAC: 239

Em relação a essa “subjetivação”, porém, é preciso dizer: Como o ser-aí é essencialmente mesmidade (propriedade) e como a mesmidade é, por sua vez, o fundamento do eu e do nós tanto quanto de toda “subjetividade” inferior e superior, o desdobramento do TEMPO-ESPAÇO a partir dos sítios instantâneos não é nenhuma subjetivação, mas a sua superação, se não já a repulsa fundamental e prévia a ela. GA65MAC: 239

Essa origem do TEMPO-ESPAÇO corresponde à unicidade do seer como acontecimento apropriador. GA65MAC: 239

O TEMPO-ESPAÇO como essenciação da verdade (essenciação do fundamento abissal) só ganha o saber na realização do outro início. GA65MAC: 239

Os dois são originariamente unos no TEMPO-ESPAÇO, assim como pertence à essência da verdade a fundação abissal do aí, por meio do qual é fundada pela primeira vez a mesmidade e todo verdadeiro do ente. GA65MAC: 240

o TEMPO-ESPAÇO como o abismo. GA65MAC: 240

Ao contrário, os dois não são, por exemplo, apenas diversos na quantidade das “dimensões” habitualmente visadas, mas possuem desde o fundamento a sua essência mais própria, e só por força dessa diversidade extrema apontam de volta para a sua origem, o TEMPO-ESPAÇO. GA65MAC: 241

Quanto mais puramente a essência própria dos dois é preservada e quanto mais profundamente a origem é estabelecida, tanto antes tem sucesso a apreensão de sua essência enquanto TEMPO-ESPAÇO, pertencente à essência da verdade como fundamento clareador para o encobrimento. GA65MAC: 241

1) Assim como a representação de um “espaço de tempo” não diz respeito àquilo que o TEMPO-ESPAÇO visa, sim, não poderia ser mais do que uma saída para o caminho em direção à essência do TEMPO-ESPAÇO. GA65MAC: 241

2) Assim como o TEMPO-ESPAÇO não só é uma acoplagem de espaço e tempo no sentido de que o tempo é tomado como (t) do cálculo e transformado em quarto parâmetro, e, com isso, o “espaço” quadridimensional é estabelecido para a física. GA65MAC: 241

3) Mas TEMPO-ESPAÇO também é em outro sentido, por exemplo, pensável apenas como uma acoplagem, por exemplo, de tal modo que tudo o que ocorre historicamente seria determinado em algum momento e em algum lugar, e, com isso, tempo-espacialmente. GA65MAC: 241

A interpretação de espaço e tempo a partir do TEMPO-ESPAÇO não quer revelar o saber até aqui de espaço e tempo como “falsos”. GA65MAC: 241

Tem-se em vista aqui uma determinação do próprio tempo e apenas do tempo e não como na palavra TEMPO-ESPAÇO aquela essência fundamental originariamente una do tempo e do espaço. GA65MAC: 241

Poder-se-ia esperar de uma consideração da história das representações de espaço e de tempo uma clarificação sobre o TEMPO-ESPAÇO. GA65MAC: 241

Por isso, se o TEMPO-ESPAÇO for concebido como a-bismo e se o a-bismo for tomado de maneira mais determinada de acordo com a viragem a partir do TEMPO-ESPAÇO, então se reabrirá com isso a ligação revirante e o pertencimento do TEMPO-ESPAÇO à essência da verdade. GA65MAC: 242

Ele é apenas como ser-aí, isto é, como a retenção, o manter-se diante da renúncia hesitante, por meio da qual o TEMPO-ESPAÇO se funda como os sítios instantâneos da decisão. GA65MAC: 242

Algo desse gênero só emerge do abrigo da verdade e, com isso, do TEMPO-ESPAÇO no ente e, com efeito, de saída, no ente presente à vista como coisa que se transforma. GA65MAC: 242

O TEMPO-ESPAÇO como a unidade da temporalização e da espacialização originárias é originariamente ele mesmo o sítio instantâneo, assim como esse sítio é a tempo-espacialidade essencial a-bissal da abertura do encobrimento, isto é, do aí. GA65MAC: 242

Mas esse aceno só chega a se dar na ressonância do seer a partir da indigência do abandono do ser e só diz uma vez mais: nem a partir do clamor, nem a partir de um pertencimento, mas apenas a partir do entre que atua de maneira vibrante sobre os dois é que se abre o acontecimento apropriador e se torna realizável o projeto da origem do TEMPO-ESPAÇO como unidade originária a partir do abismo do fundamento. GA65MAC: 242

Eles não têm, porém, nada em comum enquanto unidade, mas o seu elemento unificador, o que permite que eles venham à tona no fato de serem apontados de maneira inseparável, o TEMPO-ESPAÇO, se mostra como o elemento a-bissalizador do fundamento: a essenciação da verdade. GA65MAC: 242

Esse e-mergir, contudo, não é nenhum esgarçamento, mas, ao contrário, o TEMPO-ESPAÇO é apenas o desdobramento essencial da essenciação da verdade. GA65MAC: 242

O TEMPO-ESPAÇO é o repouso que reúne de maneira arrebatadoramente extasiante e fascinante, o a-bismo assim reunido e correspondentemente afinado, cuja essenciação se torna histórica na fundação do “aí” por meio do ser-aí (suas vias essenciais do abrigo da verdade). GA65MAC: 242

O TEMPO-ESPAÇO nessa essência originária ainda não tem nada em si do “tempo” e do “espaço”, que habitualmente se conhece, e, contudo, ele contém o desdobramento em direção a eles em si, e, com efeito, em uma riqueza maior do que a que pôde vir à tona até aqui por meio da matematização de espaço e tempo. GA65MAC: 242

Como é que se sai de TEMPO-ESPAÇO para “espaço e tempo”? GA65MAC: 242

O que precisa ser distinto de antemão é: 1) A história que essencialmente foi de topos e kronos no interior da interpretação do ente como physis com base na aletheia não desdobrada; 2) O desdobramento de espaço e tempo a partir do TEMPO-ESPAÇO expressa e originariamente concebido enquanto a partir do abismo do fundamento no interior do pensar do outro início; 3) O apoderamento do TEMPO-ESPAÇO como essenciação da verdade no interior da fundação por vir do ser-aí através do abrigo da verdade do acontecimento apropriador no ente que se reconfigura por meio daí; 4) A clarificação propriamente dita, a dissolução ou o afastamento das dificuldades, que envolveram desde sempre na história do pensamento até aqui aquilo que se conhece como espaço e tempo; por exemplo, a questão acerca da “realidade efetiva” do espaço e do tempo; acerca de sua “infinitude”, acerca de GA65MAC: 242

O que precisa ser distinto de antemão é: 1) A história que essencialmente foi de topos e kronos no interior da interpretação do ente como physis com base na aletheia não desdobrada; 2) O desdobramento de espaço e tempo a partir do TEMPO-ESPAÇO expressa e originariamente concebido enquanto a partir do abismo do fundamento no interior do pensar do outro início; 3) O apoderamento do TEMPO-ESPAÇO como essenciação da verdade no interior da fundação por vir do ser-aí através do abrigo da verdade do acontecimento apropriador no ente que se reconfigura por meio daí; 4) A clarificação propriamente dita, a dissolução ou o afastamento das dificuldades, que envolveram desde sempre na história do pensamento até aqui aquilo que se conhece como espaço e tempo; por exemplo, a questão acerca da “realidade efetiva” do espaço e do tempo; acerca de sua “infinitude”, acerca de sua relação com as “coisas”. GA65MAC: 242

Todas essas questões permanecem não apenas sem respostas, mas de início inquestionáveis, enquanto espaço e tempo não forem concebidos a partir do TEMPO-ESPAÇO, isto é, enquanto a questão acerca da essência da verdade não for questionada desde o fundamento como a questão prévia à questão fundamental da filosofia (como se essencia o seer?). GA65MAC: 242

A conexão do TEMPO-ESPAÇO com espaço e tempo e o desdobramento desses dois a partir daquele podem ser elucidados em parte o mais prontamente possível de antemão, se tentarmos extrair o espaço e o tempo mesmos da interpretação até aqui, apreendendo-os, porém, na direção dessa interpretação em sua forma pré-matemática. GA65MAC: 242

O projeto dessa interpretação é inexpressamente determinado pelo saber em torno do TEMPO-ESPAÇO como abismo. GA65MAC: 242

A aparência de que se trataria aqui de uma descrição óbvia em si não é perigosa porque esse caminho de interpretação quer expor espaço e tempo na direção do TEMPO-ESPAÇO. GA65MAC: 242

Nós voltamos para o TEMPO-ESPAÇO da decisão sobre a fuga e a chegada dos deuses. GA65MAC: 254

Ou será que a decisão é a abertura de um TEMPO-ESPAÇO completamente diverso para uma verdade, sim, para a verdade pela primeira vez fundada do seer, o acontecimento apropriador? GA65MAC: 254

Onde a verdade do ser não é querida, onde ela não se volta para o interior da vontade de saber e de experimentar, subtrai-se ao instante enquanto a reluzência do seer a partir da constância do acontecimento apropriador simples e nunca calculável todo TEMPO-ESPAÇO. GA65MAC: 255

Nós nos encontramos nessa luta em torno do último deus, isto é, em torno da fundação da verdade do seer como o TEMPO-ESPAÇO da tranquilidade de seu passar ao largo (não é pelo próprio deus que conseguimos lutar); e isso necessariamente no âmbito de poder do seer como o acontecimento da apropriação e, com isso, na amplitude extrema do mais intenso redemoinho da viragem. GA65MAC: 256

Somente de hora em hora é que os criadores precisam, na retenção do cuidado, preparar a si mesmos para a guarda no TEMPO-ESPAÇO daquele passar ao largo. GA65MAC: 256

A partir do outro início, aquela determinação inabalada e nunca questionada do ser (unidade) precisa ainda se tornar algo questionável, e, então, remeter de volta a unidade ao “tempo” (o tempo abissal do TEMPO-ESPAÇO). GA65MAC: 265

Essa decisão posiciona pela primeira vez o TEMPO-ESPAÇO em torno do próprio seer, TEMPO-ESPAÇO esse como o qual o seer se estende a partir desse espaço juntamente com o tempo, que o temporaliza na unidade originária desse campo de jogo temporal. GA65MAC: 265

E isso significa: que tudo é transformado e que as veredas que ainda conduziam justamente ao seer precisam ser interrompidas, porque outro TEMPO-ESPAÇO é aberto por meio do seer, que torna necessária uma nova edificação e fundação do ente. GA65MAC: 267

O maior risco do seer, uma vez que esse se mostra como um risco emergente constantemente dele mesmo, o risco que pertence a ele como seu TEMPO-ESPAÇO, é ele se fazer “ente” e tolerar a ratificação a partir do ente. GA65MAC: 267