Quantas vezes, em uma conversa em sociedade, “não-estamos-aí”, quantas vezes achamos que estávamos ausentes, sem que nesta situação estivéssemos dormindo? Este não-estar-aí (Nicht-Da-sein), este estar-fora, não tem nada em comum com a clareza da consciência (Bewußtheit) e com a inconsciência (Unbewußtheit) em sentido corrente. Ao contrário, este não-estar-aí pode ser deveras consciente. Em um tal estar-ausente, estamos justamente ocupados com nós mesmos, se não com um outro. Este não-estar-aí, contudo, é um estar-fora (Weg-sein). Pensemos no caso extremo da loucura, onde a mais elevada clareza da consciência pode dominar, e, ainda assim, dizemos: este homem está alienado (ver-rücken), está transposto, fora, e, em todo caso, aí. Estar-aí e estar-fora também não são o mesmo que acordar (Wachen) e dormir (Schlafen). (GA29-30:95)
não-estar-aí
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