lei de Fechner

lei segundo a qual a intensidade de uma sensação varia como o logaritmo da excitação, isto é, quando a excitação varia segundo uma progressão aritmética (1, 2, 3, 4, . . . ), a sensação varia segundo uma progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16, . . .). — Com essa lei, Fechner pensava reduzir a psicologia a uma parte da física. Bergson provou, entretanto, que entre uma sensação e o grau exterior da excitação não existe uma medida comum; por exemplo, não sentimos diferença quando seguramos um peso de 14 g e um outro de 15 g, nem entre um peso de 15g, e um outro de 16g, mas sentimos uma diferença entre um peso de 14 g e um de 16 g; existiria, pois, “saltos” na sensação. A sensação seria mais uma “qualidade” sem nenhum correspondente quantitativo. Bergson acrescenta: “Não há nenhuma relação entre as cores que vejo e as ondas mensuráveis que agem sobre o cérebro, ao que o físico quer reduzir as cores”. Além disso, toda a sensação tem uma repercussão em toda a nossa personalidade, e essa repercussão depende de nossa atitude e de nossa disposição psicológica. Em suma, apesar do esforço que ela testemunha e do estímulo que conheceu, a lei de Fechner não fundou nenhuma ciência do psiquismo e não nos parece que uma tal ciência seja possível. [Larousse]