(in. Uneasiness; fr. Inquietude; al. Unruhe; it. Inquietudiné).
Locke definiu esse termo dizendo que é o mal–estar da necessidade insatisfeita (An Essay Concer., II, 20, 6). Na segunda edição de Ensaio, Locke viu na I. assim entendida o móvel principal da vontade humana. Locke dizia: “Depois de refletir, sou levado a pensar que, ao contrário do que se acredita, o que determina a vontade não é ter os olhos voltados para um bem superior, mas sim algum mal–estar (geralmente, o mais grave dos que atualmente afligem o homem) (…) Esse mal–estar também pode ser denominado desejo, que é um mal–estar do espírito pela falta de algum bem” (Ibid., II, 21, 31). Leibniz acatava com bons olhos essa tese de Locke (Nouv. ess., II, 20, § 6), que também foi acolhida e utilizada por Condillac (Traité des sensations, I, 3, § 2). [Abbagnano]