A indução existencial é uma espécie de reverberação do meio ambiente e da metafísica que lhe é subjacente sobre o existente humano imerso nesse meio. É uma espécie de transformação interior que afeta o ser mesmo do homem e que constitui exatamente o oposto de uma conversão. Trata-se da passagem daquilo que era uma plenitude de existência para um estado que, em última análise, não é mais o de um simples mecanismo. O termo “indução existencial” se refere a fenômenos extremamente concretos. Quando começamos a tratar o ser humano segundo os critérios da cientificidade, que são os da pesquisa “objetiva” (como descritos acima), transformamos efetivamente o ser humano em objeto e, por conseguinte, o suprimimos enquanto ser humano. [Ladrière]