5 Se então o incorpóreo é algo de divino, ele é da natureza da essência; e se ele é Deus, ele é ocorrente mesmo sem essência. Por outro lado ele é inteligível da seguinte maneira. Deus é para nós o primeiro objeto do pensamento, ainda que ele não seja objeto de pensamento para si mesmo (pois o objeto de pensamento cai sob os sentidos daquele que o pensa. Portanto Deus não é objeto de pensamento para si mesmo: pois não é uma coisa diferente do pensado de sorte que ele pensa a si mesmo. 6 Para nós contrariamente, Deus é alguma coisa de diferente e eis porque é objeto de pensamento para nós.) Ora, se o lugar é objeto de pensamento, não o é enquanto Deus, mas enquanto lugar. E mesmo se o tomarmos como Deus, não é enquanto lugar, mas enquanto energia capaz de conter todas as coisas. Todo móvel é movido não em qualquer coisa que se move, mas em qualquer coisa em repouso: o motor também está em repouso, pois não pode ser movido com aquilo que move. [Festugière, Corpus Hermeticum, Tratado II]