inato

que trazemos em nós desde o nascimento. — O problema dos caracteres inatos é o da hereditariedade. Um caráter adquirido por uma geração no decurso de sua vida não se torna um caráter inato para a geração seguinte, salvo se provocou uma modificação ao nível dos cromossomos. Os caracteres inatos são, ou caracteres orgânicos, ou o que se denomina comumente de “dons” ou “defeitos” próprios a tal ou tal família. O problema das ideias inatas é o de saber se o recém-nascido humano traz em si uma predisposição para pensar segundo certas leis. Na verdade, as ideias do espírito não são exatamente “inatas”, mas antes a priori (a expressão é de Kant): são predisposições virtuais que só se revelam a nós por ocasião de uma experiência externa. Pode-se então dizer que, se todo espírito possui em si “sementes de verdade” (segundo a expressão de Descartes), nem por isso precisa menos ser cultivado (simultaneamente “formado” pelos exercícios espirituais e “instruído” por conhecimentos especiais) para que essas sementes inatas tomem a forma de um verdadeiro saber. (Contr.: adquirido.) [Larousse]