implementos

Vemos aqui, claramente exposta, a emanação ou descendência das formas utilitárias e dos objetos de uso, a partir de motivações puramente religiosas. No registro das representações dramático-religiosas e em função de seu uso cultual é que se originam os implementos e “invenções”, que recebem a seguir as mais insuspeitadas aplicações. Numa fase precedente, tudo é expressão (Ausdruck), exteriorização de uma alma empolgada pelo divino, ação cultual-criadora, movendo-se pela causalidade orgiástica [142] do divino. A seguir, nasce o período da aplicação (Anwendung), do racionalismo, do utilitarismo, e em geral do uso restrito e positivo das coisas. Surge aqui a tese da origem meta-humana dos edifícios culturais e de todas as formas intraculturais, desde que a indução ou galvanização das forças demoníaco-criadoras é sempre reportável à transcendência da Ergriffenheit [arrebatamento]. [VFSTM:142-143]