(in. Hedonism; fr. Hédonisme; al. Hedonismus; it. Edonismó).
Termo que indica tanto a procura indiscriminada do prazer, quanto a doutrina filosófica que considera o prazer como o único bem possível, portanto como o fundamento de vida moral. Essa doutrina foi sustentada por uma das escolas socráticas, a Cirenaica, fundada por Aristipo; foi retomada por Epicuro, segundo o qual “o prazer é o princípio e o fim da vida feliz” (Dióg. L, X, 129). O hedonismo distingue-se do utilitarismo do séc. XVIII porque, para este último, o bem não está no prazer individual, mas no prazer do “maior número possível de pessoas”, ou seja, na utilidade social. [Abbagnano]
gr. hedone
É a doutrina segundo a qual o prazer (satisfação do apetite sensitivo ou espiritual) determina o valor ético da ação. Ao mesmo tempo, pressupõe-se que o homem, via de regra, age somente por motivo de prazer. São defensores do hedonismo Demócrito, Aristipo de Cirene, Eudoxo, Epicuro e o materialismo. Segundo o hedonismo, os preceitos éticos são apenas regras empíricas prudentemente traçadas, mediante as quais o homem fica defendido, o mais possível, contra os sentimentos de desprazer e permanece aberto às alegrias da vida. — Já a pressuposição de que o homem age exclusivamente pelo prazer é indemonstrada e contraditória. O valor ético ou o bem é mais do que mera sublimação do prazer. O prazer e a satisfação são ou um aliciente ou um eco da perfeição da personalidade e do ser, alcançada na prática da ação boa. Os deveres mais sublimes e árduos exigem, não raro, a renúncia ao gozo. O valor ético e a satisfação dos apetites opõem-se com muita frequência. — Schuster. [Brugger]