(gr. oistos; in. Arrow; fr. Flèche; al. Pfeil; it. Freccia)
O terceiro dos quatro argumentos aduzidos por Zenão de Eleia em oposição ao movimento. O argumento baseia-se em dois pressupostos: 1) o tempo é formado de instantes; 2) em cada instante a flecha só pode ocupar um espaço igual ao seu comprimento. Por esta segunda tese, a flecha é imóvel no instante, e como todo tempo é formado por instantes, durante todo tempo em que se move a flecha está imóvel (Aristóteles, Fís., VI, 9, 239 b 29). Aristóteles também indicou corretamente o pressuposto desse argumento, ou seja, a tese de que o tempo é constituído de instantes. V. dicotomia; aquiles; estádio. (Abbagnano)
A flecha é ainda um símbolo “axial” e também uma das figuras mais frequentes do “raio solar”. Em certos casos, um fio está preso à flecha e deve atravessar o alvo; isso lembra de uma forma surpreendente a figura evangélica do “buraco da agulha”. E o símbolo do fio (sutra) encontra-se também no termo sutratma. (Guénon)