(in. Physicalism; fr. Physicalisme, al. Physikalismus; it. Phicalismó).
Nome proposto por Neurath (em Erkenntnis, 1931. p. 393) como denominação do Círculo de Viena, que via na linguagem o campo de indagação da filosofia, para acentuar o caráter físico da linguagem. Esse termo foi aceito por Carnap, para indicar o primado da linguagem física e sua capacidade de valer como linguagem universal: “A linguagem da física”, diz Carnap, “é uma linguagem universal, pois abrange os conteúdos de todas as outras linguagens científicas. Em outras palavras, cada proposição de um ramo da linguagem científica é equipolente a algumas proposições da língua fisicalista e pode, portanto, ser traduzida para ela sem mudar seu conteúdo” (Philosophy and Logical Syntax, 1935, p. 89). Essa tradutibilidade das proposições significantes para uma proposição da física foi chamada fisicalismo, que constituiu a ideia diretiva da Enciclopédia da ciência unificada (v. empirismo lógico; enciclopédia). Contudo, num segundo momento, Carnap interpretou o fisicalismo como a redutibilidade de todas as expressões linguísticas à linguagem coisal e não à forma particular de linguagem coisal, que é linguagem física (“Testability and Meaning”, em Readings in the Phil. of Science, 1953, pp. 69-70). [Abbagnano]