(in. Fiction; fr. Fiction; al. Fiktion; it. Finzioné).
Uma filosofia da ficção, ou ficcionismo (Fiktionalismus), é a “Filosofia do como se” (1911) de Vaihinger, que se propõe demonstrar que todos os conceitos, as categorias, os princípios e as hipóteses de que lançam mão o saber comum, as ciências e a filosofia são ficção destituídas de qualquer validade teórica, frequentemente contraditórias, que são aceitas e conservadas enquanto úteis. Vaihinger não acha que essa situação seja patológica, mas normal, e que a única alternativa viável é utilizar as ficção conscienciosamente. Está claro que, nesse sentido, a ficção não é uma hipótese, pois não exige verificação; aproxima-se mais do conceito de mito. A filosofia da ficção é um dos desdobramentos do conceito kantiano do como se na filosofia contemporânea. [Abbagnano]