Denominado também, às vezes, fenomenismo, — é a concepção epistemológica, segundo a qual somente podemos conhecer os fenômenos, não o próprio ente (a coisa em si). Se se nega completamente a existência de coisas, o termo “fenômeno” (o que aparece) perde propriamente seu sentido, pois que, em tal hipótese, nada há que “apareça”; neste caso, é preferível falar de idealismo (empirista). Portanto, o fenomenalismo propriamente dito, exige, em oposição ao idealismo epistemológico, a existência de coisas independentes do pensamento; contudo permanece sendo incognoscível para nós o que elas são em si; por esta última característica, o fenomenalismo distingue-se do realismo. Nossa consciência recebe impressões provenientes das coisas, nas quais estas nos aparecem em conformidade com a peculiaridade do sujeito, e tais impressões passivamente recebidas são o objeto de nosso conhecimento; isto diferencia o fenomenalismo tanto do realismo quanto do idealismo propriamente dito (não puramente empírico), segundo o qual o objeto é produzido ativamente pelo pensamento. Como o fenômeno pode ser diferente, consoante a peculiaridade do sujeito, e no fenomenalismo é “verdadeiro” o que aparece, consequentemente o fenomenalismo é uma forma de relativismo. O representante mais proeminente do fenomenalismo é Hume. — Muitas vezes, o fenomenalismo restringe-se só ao conhecimento do mundo exterior, conservando para o mundo interior da consciência a concepção realista do conhecimento. — Em todo caso, o fenomenalismo circunscrito ao conhecimento do mundo externo refuta-se com os mesmos argumentos que servem para demonstrar a cognoscibilidade deste. — De Vries. [Brugger]