(lat. experimentum; in. Experiment; fr. Experiment; al. Experiment; it. Esperimentó).
Embora essa palavra às vezes seja usada para indicar a experiência em geral, seu valor específico é o de experiência controlada ou dirigida, ou seja, de observação . Já na Idade Média esse termo foi usado com esse sentido (cf., p. ex., Ockham, In Sent., Prol., q. 2, G), mas esse significado só foi fixado por Bacon, que contrapôs o experimento como experientia litterata, ou seja, guiada e sustentada por uma hipótese, à experiência que vai espontaneamente ao encontro do homem e é casual (Nov. Org., I, 83, 110). Wolff, por sua vez, dizia: “O experimento é uma experiência que diz respeito a fatos naturais que só acontecem quando intervém nossa ação” (Psychol. Empir., § 456). Kant falava no mesmo sentido de um “experimento da razão pura”, que consistia em ver se a hipótese da existência do incondicionado conduz ou não a contradição; se conduz a contradição, o experimento demonstra que a razão não pode superar os limites da experiência (Crít. R. Pura, Prefácio à 2- edição). Ainda aqui se trata de uma experiência controlada. Claude Bernard, porém, às vezes chamava o experimento de experiência, entendendo com isso “uma observação provocada com o fim de dar origem a uma ideia” (lntroduction à l’étude de la médecine expérimentale, 1865, I, § 6). [Abbagnano]