O sistema social que preconiza maior extensão das atribuições do Estado, e principalmente uma intervenção direta no domínio econômico. — Seus partidários ressaltam o elã dado à produção por uma organização centralizada e exclusiva dos interesses privados; seus adversários denunciam nele uma intrusão que tende a desencorajar ou mesmo abolir a iniciativa individual e certos valores humanos, tais como o senso de responsabilidade e a liberdade. Praticado nos países comunistas, o estatismo opõe-se ao liberalismo econômico (ao que Hegel denominava “sociedade civil”), ilustrado pela sociedade dos Estados Unidos da América ao fim do século XIX: nesse último caso, o Estado acha-se a serviço dos interesses privados e sua ação limita-se a ser a resultante desses interesses (trastes, grandes companhias). Atualmente, em todas as grandes nações dó mundo, o estatismo, único que torna possível uma planificação da economia, uma coordenação ao nível nacional entre todas as energias privadas, tende a conciliar-se com o liberalismo econômico, único que preserva as liberdades individuais e estimula as energias, “interessando” os trabalhadores e as empresas no resultado e no rendimento. [Larousse]
(fr. Étatisme)
Em sentido próprio, a doutrina que considera o Estado como única fonte do direito. Em sentido genérico, toda orientação política que atribua ao Estado funções ou poderes preponderantes em qualquer campo da atividade humana. [Abbagnano]