(gr. esoterikos, exoterikos; in. Esoteric, exoteric; fr. Ésotérique, éxotérique; al. Esoterisch, exoterisch; it. Esotérico, éssoterico).
O primeiro destes termos encontra-se nos últimos escritores gregos para indicar doutrinas ou ensinamentos reservados aos discípulos de uma escola, que não podiam ser comunicados a estranhos (Galeno, 5, 513; Jâmblico, Comm. math., 18). O segundo termo é muitas vezes empregado por Aristóteles (Pol, 1278 b 31; Met., 1076 a 28; Et. Nic, 1102 a 26, etc.) para designar suas obras populares, destinadas ao público (em forma de diálogos, dos quais só temos fragmentos), em contraposição aos escritos acroamáticos, destinados aos ouvintes, que eram os apontamentos das lições que chegaram até nós (v. acroamático). O adjetivo esotérico é usado na linguagem comum para designar obras que tratam de ciências ocultas, como magia, astrologia, etc. [Abbagnano]