(gr. enthymeme; lat. enthymema; in. Enthymeme; fr. Enthymème; al. Enthymem; it. Entimema).
Segundo Aristóteles, silogismo fundado em premissas prováveis ou em signos (An.pr., 70 a 10, ‘); é o silogismo da retórica. O entimema fundado em premissas prováveis nunca conclui necessariamente, pois as premissas prováveis valem na maioria das vezes, mas nem sempre. O entimema fundado em signos às vezes conclui necessariamente. Assim, quando se diz que alguém está doente porque tem febre, ou que uma mulher deu à luz porque tem leite, cria-se um silogismo do qual simplesmente se omite a premissa maior, ou seja, que quem tem febre está doente, ou que toda mulher que deu à luz tem leite (Ret., I, 1357 a, pp. 33 ss.). Quando o signo é uma prova segura, vale como termo médio de um silogismo demonstrativo do qual se omitiu uma premissa considerada já conhecida (An.pr., 70 b 1 ss.). Este segundo significado de entimema foi acolhido pela lógica medieval, que o considerou um “silogismo imperfeito”, em que se deixa de expor uma premissa, como quando se diz “Todo animal corre, logo todo homem corre, omitindo a premisssa ‘todo homem é animal’” (Pedro Hispano, Summ. log., 5.04; Abelardo, Dialectica, edição de Rijk, p. 463). [Abbagnano]