(lat. Ingenium; in. Ingenuity, Wit; fr. Génie; al. Witz; it. Ingegnó).
Retomando um dos significados tradicionais desse termo, Giambattista Vico chamou de engenho a faculdade inventiva da mente humana. Contrapôs, portanto, o engenho à razão cartesiana; analogamente, contrapôs à arte cartesiana da crítica, fundada na razão, a tópica como arte que disciplina e dirige o procedimento inventivo do engenho O engenho tem tanta força produtiva quanto a razão, porém menor capacidade demonstrativa (De nostri temporis studiorum ratione, § 5). Kant, por sua vez, entendia por engenho o talento, ou seja, “a superioridade do poder cognitivo proveniente da disposição natural do indivíduo, e não do ensino”, e o distinguia em engenho comparativo e engenho logicizante (Antr., I, § 54). [Abbagnano]