A tendência a fazer de si o centro do universo. — Piaget e Claparède estabeleceram que o egocentrismo é um estágio normal na evolução do caráter da criança de quatro a seis anos, intermediário entre o puro egoísmo orgânico da primeira idade e a atitude mais social da criança evoluída. Assim, o termo não é, em si, pejorativo, salvo se aplicar-se a um adulto, em quem o egocentrismo deveria estar, em princípio, ultrapassado. [Larousse]
(in. Egocentrism; fr. Égocentrisme; al. Egozentrismus; it. Egocentrismo).
Scheler designou com esse termo a atitude que consiste em confundir o mundo que nos circunda imediatamente com o “mundo” no sentido próprio do termo, ou seja, em atribuir ao ambiente imediato uma função universal ou cósmica. Com o egocentrismo assim entendido Scheler refracionou o solipsismo, o egoísmo e o auto-erotismo. O solipsismo é a atitude egocêntrica que preside à concepção dos objetos do mundo real; o egoísmo é o egocentrismo em seu aspecto prático ou volitivo; o auto-erotismo é a atitude egocêntrica na vida amorosa (Sympathie, I, cap. 4, § 2). [Abbagnano]