ECFANTO DE SIRACUSA (Ekphantus). — Um dos mais jovens pitagóricos, sobre o qual o pouco que se sabe é devido a um passo de Hipólito e algumas notas de Aécio.
Segundo sua suposição, de que à base do real existia uma infinidade de corpos indivisíveis, independentes do vácuo, e aos quais dava o nome de “intelecto” ou “alma”, parece que Ecfanto, insatisfeito com as mônadas de Pitágoras, emprestava-lhes o sentido material dos átomos de Demócrito. Ainda com este parece relacionar-se a concepção de Ecfanto, de que não era possível o conhecimento verdadeiro, mas tão-somente opinião a respeito da realidade.
Afastava-se, porém, de Demócrito na concepção do princípio motor do Todo como atividade racional, e não como força mecânica. Nisto prendia-se a Anaxágoras.
Com outro pitagórico Siracusano, Hícetas, liga-se a opinião de Ecfanto, de que a Terra, colocada no centro do Universo, girava do oeste para o leste em torno de si mesma.
Bibl.: H. Diels, Frag. der Vorsokraten, Berlim, 1922; A. Boeckh, Kleine Schriften, Leipzig, 1866; O. Voss, De Heraclidis Pontici vita et scriptis, Rostock-Leipzig, 1896.