(gr. dyas; lat. Dualitas; in. Dyad; fr. Dyade; al. Dyas; it. Diade).
Segundo os pitagóricos, é “o princípio da diversidade e da desigualdade, de tudo o que é divisível e mutável e ora está de um modo, ora de outro” (Porfírio, Vita Pith., 52). Contrapõe-se à mônada, que é o princípio da unidade, do ser idêntico e igual. Nesse sentido, Aristóteles diz que “o número é derivado da mônada e da díade indefinida” (Met., XIII, 7, 1081 a 14): frase citada por Plotino e interpretada no sentido de que a díade é a Inteligência (Nous) porque esta manifesta uma composição na multiplicidade dos seus objetos e na cisão entre o que pensa e o que é pensado (Enn., V, 4, 2). Em sentido análogo, Fílon dissera que “a díade é a imagem da matéria, dividida e fracionada como ela” (All. leg., I, 3; cf. D.L., VII, 25). No Renascimento essa noção foi retomada em sentido mais genérico. Em De monade Giordano Bruno diz que do Uno brota a díade assim como do fluxo do ponto brota a linha; a díade constitui a estrutura de aspectos fundamentais do universo (essência e ser, matéria e forma, potência e ato, etc). Com significado análogo, esse termo foi usado por Schelling (Werke, I, X, p. 263). [Abbagnano]