(gr. bouleusis; lat. Consilvum; in. Deliberation; fr. Délibération; al. Oberlegung; it. Deliberazione).
Consideração das alternativas possíveis que certa situação oferece à escolha. É o que Aristóteles quer dizer ao falar dos limites da deliberação, excluindo do âmbito dela não só o necessário (que não pode não ser), mas também o fim. Com efeito, Aristóteles observa que o médico não se pergunta se quer ou não curar o doente, o orador não se pergunta se quer ou não persuadir, nem o político se quer ou não instituir boa legislação. Ao contrário, uma vez posto o fim, examina-se como e por quais meios se poderá atingi-lo; sobre esses meios, portanto, versará a deliberação. A deliberação conclui-se e culmina na escolha. O objeto de ambas é o mesmo, salvo pelo fato de que o objeto da escolha já está definido pelo processo deliberativo a que a escolha põe termo (Et. nic, III, 3, 1112 a 21 ss.). Essas definições de Aristóteles tornaram-se clássicas. [Abbagnano]